Em sua coluna de estréia, o jovem Diego Augusto conta como foi a experiência de sua primeira largada com pista molhada. Acompanhe, a narração é fiel.
Olá, galera do automobilismopaulista.net. Foi um fim de semana de frio e muita chuva em Interlagos, o que dificultou um pouco no acerto da "barata".
Larguei em nono lugar( quarto da light ), e por incrível que pareça não chovia no domingo, mas claro que a pista estava bem molhada. Na largada reparei que os VWs Gol tracionaram muito melhor, o que me fez perder uma posição para Ricardo Lima (concorrente da light) logo na primeira volta. Thiago Sala era o segundo pela light (quarto na geral) e estava com um bom carro para aquelas condições de pista, porém uma escapada no laranja fez com que ele caísse para décimo (quinto da light).
Na segunda volta eu comecei uma verdadeira guerra pelo segundo lugar com o Maurício Morenilla, um piloto muito rápido mas que começou a dar umas escapadas, fazendo com que eu fosse para segundo.
Eu estava fazendo uma corrida de cabeça, não queria rodar e nem sair da pista, porém na terceira volta, na subida do café, meu carro começou a falhar. Quando o giro se aproximava de 6.200 rpms o carro engasgava e não rendia muito de final. Olhei no espelho, e lá estava ele de novo, o Morenilla. Começamos então uma nova batalha, ele atacava e eu me defendia, ele errava e eu acertava, mas de nada adiantava. A cada volta que passava, la estava no meu espelho de novo. Depois de muita guerra, acho que ele percebeu que meu carro vinha falhando nas retas, me passou e abriu sem muitas complicações, já que eu vinha andando no que eu chamo de "modo econômico". Cheguei em terceiro pela light e oitavo na geral o que foi uma verdadeira vitória.
Na segunda bateria, larguei da oitava posição com o Ricardo Lima em nono. Não deu outra, no verde ele já estava passando tanto eu quanto o Morenilla (sétimo na geral e segundo da light), na freada do S consegui passar o Maurício por fora, e na freada do lago Ricardo, eu e o Maurício conseguimos ultrapassar o Zé Oliveira ( primeiro da light ) e no pinheirinho passei o Ricardo por fora onde o carro tracionava melhor. Na primeira passagem eu era o primeiro da light e o terceiro na geral, consegui dar umas duas voltas nessa posição (claro que com o Maurício, Thiago Sala e o Ricardo respectivamente no meu vácuo), porém na terceira volta o carro voltou a falhar e desta vez com 5.600 rpms. Não era mais segredo pra ninguém e os três foram me passando por onde queriam; por dentro, por fora, só o Ricardo que eu consegui brigar até a linha de chegada. Ele me passava sempre nas retas, eu atrasava um pouco minhas freadas e recuperava a posição, mas ele já sabia da “falhação” e na última volta, o ultrapassei na junção, só que na subida ele deu o troco. Mais um oitavo lugar e um quarto na light o que, no meu ponto de vista, foi até que bom.
Nos vemos na próxima etapa, até lá!